Assinalando
os 238 anos da fundação de Vila Real de Santo António, a autarquia local
preparou um vasto programa comemorativo, com diversas iniciativas, entre as
quais a apresentação do programa de homenagens a António Rosa Mendes e a atribuição
do nome do insigne professor ao Arquivo Histórico Municipal. Ambos os atos
decorreram no dia 13 de maio, feriado municipal [1].
Na
ocasião, foi distribuído um desdobrável, justificando a atribuição do nome de
António Rosa Mendes àquele equipamento cultural, cujo conteúdo se passa e transcrever:
Um Grande Homem da
Cultural de Portugal
António
Manuel Nunes Rosa Mendes, vulto eminente da cultura portuguesa e algarvia, nasceu
em Vila Nova de Cacela, a 21 de Maio de 1954.
Fez
o ensino secundário no Liceu Nacional de Faro, tendo-se licenciado em História
e em Direito, pela. Universidade de Lisboa, respetivamente, em 1981 e 1995.
Mais tarde, graduou-se em Mestre em História Cultural e Política, em 1991, pela
Universidade Nova de Lisboa, e Doutorou-se em Historia Moderna, em 2003, pela
Universidade do Algarve.
Foi
professor na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do
Algarve.
Respeitado
e admirado por alunos e colegas e por toda a comunidade das suas relações, contribuiu
para impulsionar a investigação científica em tomo da História do Algarve.
Além
de académico e historiador, António Rosa Mendes foi um pedagogo, poeta,
jurista, editor e autor de uma vasta bibliografia.
Foi
um dos fundadores da editora algarvia “Gente Singular”. Realizou inúmeras conferências,
em Portugal e no estrangeiro. Foi presidente da “Faro, Capital Nacional da Cultura”,
em 2003 e 2004.
Foi,
ainda, Diretor da Biblioteca da Universidade do Algarve, tendo sido responsável
pelo Centro de Estudos de Património e História do Algarve (CEPHA).
As
raízes algarvias marcaram toda a sua intervenção académica, cívica, social e
política. Foi um regionalista comprometido, apaixonado pelas temáticas
regionais, que lutou por uma Região do Algarve com mais poderes e autonomia
administrativa e política.
Social-democrata
por opção política, foi presidente da Assembleia Municipal de Vila Real de
Santo António (1985-1989) e Vereador desta autarquia (1989-1993).
Publicamente
reconhecido como homem íntegro, culto, humanista, desprendido, humilde, com
carácter, princípios e coragem cívica, António Rosa Mendes faleceu em Faro, a 4
de Junho de 2013.
A
Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, em reconhecimento pela sua Vida
e Obra, decidiu atribuir o seu nome como Patrono a um dos edifícios e
equipamentos mais culturalmente relevantes da cidade: o agora denominado
Arquivo Histórico Municipal António Rosa Mendes”.