No transacto dia 11 de Dezembro Portimão assinalou o Dia da Cidade e com ele o término das Comemorações Nacionais dos 150 anos do Nascimento de Manuel Teixeira Gomes, a cuja cerimónia de encerramento presidiu, naquela cidade, o presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Durante o ano 2010 o país e principalmente Portimão homenagearam o antigo chefe de Estado, com a realização de diversas iniciativas, entre as quais exposições, colóquios, concertos, teatro, dança, cinema e publicações. Estas comemorações coincidiram igualmente com o centenário da implantação da República em Portugal, da qual Teixeira Gomes foi acérrimo defensor.
Comerciante, escritor, diplomata e político, Teixeira Gomes é considerado uma personalidade cimeira da história e da cultura portuguesas. Este facto justifica a difusão do seu nome na toponímia de várias localidades do país e principalmente do Algarve, como é exemplo uma artéria na típica aldeia de Alte, concelho de Loulé.
A iniciativa de atribuir o nome de Manuel Teixeira Gomes a uma via naquela aldeia partiu da Junta de Freguesia local, liderada por José Cavaco Vieira, tendo esta remetido um ofício à Câmara Municipal de Loulé, a 10 de Abril de 1972, solicitando que fosse conferida à estrada da Várzea a denominação de Avenida Dr. Manuel Teixeira Gomes. O assunto foi apresentado na reunião de Câmara do dia seguinte, tendo sido aprovado por unanimidade.
O topónimo foi inaugurado no dia 1 de Maio, durante as festas da Fonte Grande, tendo presidido à cerimónia o presidente da Câmara Municipal, António Américo Lopes Serra, em representação do governador civil. Na ocasião foi igualmente inaugurada a iluminação pública na mesma artéria.
Manuel Teixeira Gomes
Natural do Algarve, nasceu em Portimão a 27 de Maio de1860 e faleceu em Bougie (actual Bejaia), na Argélia, a 18 de Outubro de 1941. Em Coimbra frequentou o Seminário e depois a Faculdade de Medicina, tendo abandonado os estudos e vivido em Lisboa e Porto. Viajou muito, pois dedicou-se à comercialização de frutos secos além fronteiras.
Implantada a República foi embaixador de Portugal em Londres (1911 – 1918 e 1919 – 1923). Presidente da República, entre 06/08/1923 e 11/12/1925, resignou pela impossibilidade de reconciliar os partidos políticos.
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