No dia em que passam 140 anos sobre o nascimento do insigne poeta algarvio Cândido Guerreiro, recordamos as distinções de que foi alvo através da toponímia, em várias localidades do país.
No concelho de Loulé o seu nome encontra-se perpetuado em artérias da cidade de Loulé e da aldeia de Alte, sua terra natal.
Placa toponímica em Alte |
Nesta localidade o topónimo com o nome do poeta foi aprovado pela Comissão Executiva Municipal de Loulé, em reunião realizada a 22 de Setembro de 1920, por proposta emanada pela Junta de Freguesia de Alte, conforme consta na acta:
Outro [ofício] da Junta de Freguesia de Alte (…) informando que querendo prestar uma homenagem, embora simples mas bem significativa, de alto apreço em que tem o grande talento do ilustre Poeta Cândido Guerreiro, filho d’aquela terra, resolveu, por unanimidade, na sua última sessão, dar à rua hoje conhecida pela Rua Nova de S. Luiz, o nome de Rua Dr. Cândido Guerreiro (…) A comissão tomou depois as seguintes deliberações:
(…) Confirmar a deliberação tomada pela mesma Junta, determinando que a Rua Nova de S. Luiz da povoação de Alte passe a denominar-se “Rua Dr. Cândido Guerreiro”.[1]
Refira-se que nesta data Cândido Guerreiro ocupava o cargo de Presidente da Câmara Municipal de Loulé.
Já na sede de concelho a Rua do Lagar Novo foi rebaptizada com o seu nome a 16 de Junho de 1948[2], durante a presidência do Dr. Aires de Lemos Tavares.
Placa toponímica em Loulé |
As restantes homenagens de rememoração localizam-se nas cidades de Albufeira (aprovada em 30/03/1993), Faro (?), Lagos (04/08/1988), Portimão (?), Tavira (?) e Lisboa (31/12/1955).
Francisco Xavier Cândido Guerreiro
Interior da casa onde nasceu Cândido Guerreiro |
Poeta pós-simbolista, fez parte do grupo da Renascença Portuguesa, sendo os seus poemas ordenados em três géneros, o filosófico (até 1908), o pictural (entre 1908 e 1916) e o erótico.
Estreou-se com Rosas Desfolhadas (1895), tendo publicado posteriormente Pétalas (1897), Sonetos (1904), Balada (1907), Promontório Sacro (1929), As Tuas Mãos Misericordiosas (1943) e Sulamitis (1945). O seu Auto das Rosas de Santa Maria, com música de F. Fernandes Lopes, foi representado pela primeira vez a 17 de Julho de 1940. Grande parte da sua obra está traduzida em italiano, francês e alemão.
Faleceu em Lisboa a 11 de Abril de 1953.
Cândido Guerreiro |
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