O
cineasta farense José Maria Nunes será homenageado no próximo dia 7 de
setembro, através do descerramento de uma placa toponímica localizada no troço
viário que liga a rotunda do Fórum Algarve à rotunda da Escola Superior de
Saúde. O topónimo foi aprovado em reunião da Câmara Municipal de Faro de 2 de
novembro de 2011.
Esta
iniciativa insere-se no programa de comemorações do Dia do Município farense,
que inclui uma sessão solene nos Paços do Concelho de Faro, onde serão distinguidas
personalidades e entidades, bem como a inauguração do Parque Ribeirinho e da
Escola Básica da Lejana.
José Maria Nunes
Cineasta
considerado o pai da escola de cinema de Barcelona, nasceu em Faro em 1930. Aos
12 anos emigrou com a família para Espanha, fixando-se posteriormente em
Barcelona, cidade de residência até à sua morte, ocorrida a 23 de março de 2010.
Interessado
pelo mundo do cinema, nos anos 50 iniciou um admirável percurso pela sétima
arte na Catalunha. Realizou o seu primeiro filme, “Mañana”, em 1957. Directo,
sem convenções, experimental, realizou um total de 14 filmes e colaborou em
quase três dezenas. Guerras, êxodos, repressões, torturas, desejos e ânsias de
união e separação foram os temas mais abordados pelo realizador. Para além da
realização, escreveu ensaios, guiões e participou como ator em diversos filmes.
Ao
longo do percurso, José María Nunes atravessou uma ditadura e, como muitos
outros realizadores, viu a sua criação censurada. A sua última obra, produzida
em 2009, intitulou-se “Res publica”.
Em 2002 foi premiado
como Melhor Realizador, com o filme “Amigogima”, na primeira edição dos Prémios
de Barcelona e no dia 4 de março de 2010 recebeu das mãos do Presidente da
República a condecoração de Grande Oficial da Ordem de Santiago.
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