Este Blog destina-se à divulgação de trabalhos, notícias e outros textos relativos à toponímia das artérias de diversas localidades, nomeadamente de Loulé e da restante região do Algarve. Pretende-se assim, através da toponímia, percorrer a memória das ruas, largos, avenidas, ingressando na história e património das urbes.


quarta-feira, 26 de março de 2014

Rua Manuel Dourado Eusébio – Salir

A Junta de Freguesia de Salir deliberou, em reunião ocorrida a 24 de março de 1993, aprovar a atribuição do nome de Manuel Dourado Eusébio a uma artéria, à época recentemente construída, daquela vila.
 
Placa toponímica em Salir
A placa toponímica foi descerrada a 25 de abril de 1993, conforme noticiado pelo jornal Gazeta de Salir: “(…) teve lugar a 25 de Abril último, uma significativa homenagem póstuma ao Sr. Manuel Dourado Eusébio, que foi o 1.º Presidente da Junta de Freguesia de Salir após a revolução de Abril de 1974, a qual incluiu o descerramento de uma lápide toponímica que dá o nome a uma artéria de Salir àquele antigo autarca” [1].
 
Manuel Dourado Martins de Sousa Eusébio
Natural de Salir, nasceu a 28 de dezembro de 1931, tendo falecido na sua residência (Rua D. Amélia Cândido Ramalho) a 1 de dezembro de 1979.
 
Profissionalmente esteve ligado à agricultura e à indústria (produção de azeite), administrando com afinco os bens da família.
 
A 22 de setembro de 1974 tomou posse do cargo de presidente da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de Salir, nomeada na sequência da revolução de 25 de abril. Dois anos depois (abril de 1976) concorreu às primeiras eleições autárquicas da democracia, como cabeça de lista pelo Partido Socialista, tendo sido eleito presidente da Junta de Freguesia. Ocupou o cargo até à data do seu óbito, quando pôs termos à vida, suicidando-se em circunstâncias nunca totalmente apuradas.
 
A notícia do seu falecimento disseminou um espírito de consternação por toda a freguesia: “Apesar da hora adiantada da noite, a notícia correu rapidamente por todas as redondezas tendo acorrido muitas pessoas a residência do malogrado, lamentando o funesto acontecimento. (…) O seu funeral para jazigo, realizou-se no dia 3 considerando-se um dos mais concorridos que até hoje aqui se fez” [2].
 
 
Nota: Agradecimento ao Dr. Júlio Sousa, pelas relevantes informações concedidas para a elaboração deste texto.

[1] Gazeta de Salir, n.º 19, 09/05/1993.
[2] A Voz de Loulé, n.º 757, 20/12/1979.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Duas ruas de Olhão

Há precisamente 58 anos o jornal “O Século” publicava um artigo sobre a atribuição de denominação a duas artérias da vila de Olhão. Referia o seguinte:

“A duas ruas de Olhão foram dados os nomes do sr. prof. Dr. Paulo Cunha e de Heróis da Índia Portuguesa.

Olhão, 16 – Na sessão realizada na Câmara Municipal desta vila, em que se focaram importantes assuntos camarários de interesse público, o sr. Lourenço Mendonça, presidente do Município, e outros oradores, focaram a viagem ao Brasil do sr. prof. dr. Paulo Cunha e os altos serviços prestados à Nação por este estadista, motivo por que foi deliberado dar o seu nome a uma das ruas da vila.

Em homenagem aos heróis de Dadrá também outra das ruas desta vila ficará a chamar-se Rua dos Heróis da Índia Portuguesa.”

Fonte:
Jornal “O Século”, n.º 26028, de 17/09/1954

sábado, 8 de setembro de 2012

Plaza de la Coronación – Ayamonte (Espanha)






















A presente placa toponímica encontra-se situada numa praça da cidade espanhola de Ayamonte, na província de Huelva, anexa à Plaza de la Ribera, zona central da urbe.
  
A placa destaca-se na praça pela sua localização central, colocada numa peanha de ferro fundido.

Executada em azulejos policromos, possui duas faces, uma representando a imagem da Virgem das Angústias e a outra com a seguinte inscrição: “N.TRA Señora de las Angustias Patrona y Alcaldesa Perpetua de la Ciudad de Ayamonte coronada canonicamente el dia 25 de julio de 1992”.

De facto, o topónimo assinala o local onde a imagem da Virgem das Angústias foi coroada canonicamente, no dia 25 de julho de 1992, numa solene Missa Pontifical de Coroação, presidida pelo Bispo da Diocese de Huelva D. Rafael González Moralejo.

A coroação canónica foi concedida pelo Papa João Paulo II, por ocasião dos Congressos Mariológico e Mariano, ocorridos na diocese de Huelva, aquando das comemorações do quinto centenário do descobrimento e evangelização da América. Estes eventos contaram com a presença de um elevado número de ayamontinos, que demonstraram a sua extraordinária devoção pela Virgem das Angústias

Segundo a lenda, a imagem da Virgem foi encontrada por pescadores, quando procediam à recolha das redes, após um intenso dia de trabalho. A veneração à Virgem das Angústias tem origem no século XVI, época em que surgiu o bairro da ribeira, onde foi erigido um templo em sua honra, que ficou envolvido por um baluarte defensivo da muralha.

Em 1755, aquando do violento sismo que abalou Portugal, e que também provocou estragos em Ayamonte, os seus habitantes rogaram à Virgem das Angústias proteção. No ano seguinte, no dia 11 de janeiro, foi proclamada patrona de Ayamonte a Virgem das Angústias e decidido fazer festa em cada ano em sua honra, no dia em que a Igreja celebra o nascimento da Mãe de Deus (8 de setembro).

Ao cumprirem-se os 250 anos sobre tal acontecimento, a 7 de janeiro de 2006, a população de Ayamonte erigiu-lhe um monumento, que foi benzido pelos Bispo de Huelva D. Ignacio Noguer Carmona, o Bispo ayamontino D. Juan del Río Martín, sendo presidente da Câmara Municipal da cidade Rafael González González.

A devoção a Nossa Senhora das Angústias ultrapassa os limites de Ayamonte, estendendo-se a terras lusas, principalmente à população raiana. Tal como no século passado, em que muitos portugueses afluíam às festas em honra da Virgem, devido à facilidade de passagem na fronteira, concedida com esse propósito, ainda hoje é frequente ouvir-se a língua de Camões no dia 8 de setembro, nas “calles” de Ayamonte, o que comprova que a fé ultrapassa fronteiras.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Praça Dr. João Lopes Dias – Alcoutim

O Município de Alcoutim prestou ontem homenagem a um ilustre filho da terra, João Lopes Dias, através do descerramento de uma placa toponímica, que perpetua o seu nome numa praça da vila.

Descerramento da placa toponímica

Desta forma, a praça central do Bairro do Rossio, até à atualidade sem denominação oficial, passou a denominar-se Praça Dr. João Lopes Dias, topónimo aprovado por deliberação da Câmara Municipal de 25 de julho de 2012.

No ano 2007 a autarquia de São Brás de Alportel havia igualmente homenageado este médico, atribuindo o seu nome a uma rua da vila, por deliberação de 27 de março.

João Lopes Dias

Na noite de 5 de setembro de 1932, numa casa da Rua Miguel Bombarda (antiga Rua Direita) na vila de Alcoutim, nasce o segundo filho do casal João Francisco Dias e Maria Cecília Lopes Dias, a quem é dado o nome de João.

O progenitor, natural da freguesia de Odeleite, concelho de Castro Marim, recém licenciado, ocupa desde o dia 30 de junho o lugar de médico municipal interino do concelho. A mãe, natural do concelho de Carregal do Sal, tem ocupação doméstica, dedicando-se principalmente à educação dos filhos. 

O pequeno João é registado na Conservatória do Registo Civil de Alcoutim com quatro anos de idade, a 22 de fevereiro de 1937, sendo padrinhos o tio paterno Francisco Dias Cavaco, estudante de medicina em Coimbra e a avó materna Elisa Augusta Dionísio Lopes, os quais são representados por procuradores.

A infância passa-a no ambiente rural que caracteriza a vila de Alcoutim, rodeado de amigos. Entretanto a notoriedade do pai, como médico-cirurgião, difunde-se para lá dos limites territoriais do concelho de Alcoutim, atraindo à vila gente de terras longínquas, desde todo o Algarve, ao resto do país e da vizinha Espanha, em busca de cura para as suas enfermidades. Este, para além das aptidões profissionais, possuí igualmente um elevado carácter humanista, sendo sobremaneira altruísta e generoso. 

Através do convívio com esta realidade, João Lopes Dias constrói a sua personalidade, moldando-se às vivências e experiências que adquire, mantendo sempre as suas ideologias ao longo da vida. 

Frequenta o ensino primário em Alcoutim e após a conclusão deste ruma a Faro, ingressando no Liceu. A sua adaptação à vida na capital algarvia é célere, integrando-se no espírito académico e participando assiduamente em convívios de estudantes. Demonstra-se igualmente um bom aluno, com a ambição de seguir a carreira do pai e ingressar em medicina.

Neste período, sempre que lhe é possível e principalmente durante as férias escolares, desloca-se a Alcoutim, nutrindo uma verdadeira paixão pela terra que o viu nascer. A 4 de julho de 1948, com o seu irmão Fernando e outros alcoutenejos, funda o Grupo Desportivo de Alcoutim, ao qual preside (1954/55). Através daquela agremiação, é um dos responsáveis pela organização de festejos destinados a ações de beneficência, que decorrem em 1950 e 51, precursores das festas de Alcoutim.
João Lopes Dias na
queima das fitas

Terminado o ensino liceal, entra na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, no curso de medicina e cirurgia. A ida para aquela cidade universitária abre-lhe novos horizontes e perspetivas sobre a sociedade, tomando consciência das diferenças sociais e das carências com que a população de Alcoutim se deparava, relativamente à de outras zonas do país.

Em dezembro de 1961 decorre o seu enlace matrimonial com Maria Victoria Abril Cassinelo, em Rojales (Alicante – Espanha), de onde a noiva é natural. Filha do médico Francisco Abril, que exerce clínica em Sanlúcar de Guadiana, tem vinte e cinco anos de idade. O casal tem posteriormente três filhos, João (1962), Maria Teresa (1967) e Francisco (1972). 

Após a licenciatura, concluída a 20 de outubro de 1962, decide regressar a Alcoutim, de modo a tentar colmatar a ausência de seu pai, que havia falecido em 1955, iniciando o seu mester. 

Depara-se de imediato com enormes dificuldades no exercício da sua profissão. O isolamento a que está sujeito o concelho e a carência de infraestruturas sanitárias, de hospital condigno, de farmácia, de ambulâncias e até o único táxi existente está estacionado em Martim Longo, são entraves que tem de vencer. Dedica assim especial atenção ao melhoramento e criação de condições no Hospital da Misericórdia, que havia sido fundado por seu pai e onde acorrem inúmeros pacientes na procura de tratamento. Ministra também formação a alguns jovens que o auxiliam nas tarefas da medicina. 

O único auxílio que consegue (apenas durante três anos) é a presença do colega Manuel Brito, que está radicado em Martim Longo e que graças a uma leal e desinteressada colaboração, resolvem em conjunto os casos clínicos mais complicados, recorrendo frequentemente ao hospital da Mina de São Domingos, que detém razoáveis condições clínicas. 

A 7 de fevereiro de 1964 é nomeado médico municipal do primeiro partido de Alcoutim e no mês seguinte (18 de março) subdelegado de saúde do concelho. 

Nesta altura é o único profissional de saúde existente em todo o concelho, pelo que acorre frequentemente às populações mais longínquas, tarefa dificultada pelas péssimas condições das acessibilidades, onde as estradas são quase inexistentes ou encontram-se bastante degradadas. Nas deslocações utiliza a sua viatura particular, onde transporta também os doentes, fazendo alguns percursos em muares. 

Em 1971 é convidado pelo colega e amigo Emídio Sancho, para integrar a equipa do novel hospital da Misericórdia de São Brás de Alportel. Vacila muito na decisão de abandonar Alcoutim, tendo, contudo, aceitado, dado que não pode prejudicar a sua carreira profissional e a família, e principalmente por razões de saúde, porque padece de insuficiência renal. As tarefas que exerce e a sobrecarga de trabalho no concelho de Alcoutim têm afetado de sobremaneira a sua saúde, que se agrava aceleradamente. 

João Lopes Dias no consultório médico
Muda-se com a sua família para São Brás, assumindo as funções de médico municipal, a 12 de maio de 1971 (até 01/02/1977) e de diretor clínico do hospital três dias depois. 

Devido à sua transferência para fora do concelho de Alcoutim, passam a ser frequentes as deslocações de pessoas daqui oriundas a São Brás, com o intuito de receberem conselhos e serem tratadas por João Lopes Dias. 

Para acompanhar a evolução da medicina e adquirir conhecimentos noutras especialidades, frequenta vários cursos, entre os quais o de medicina sanitária, na delegação de Porto do Instituto Superior de Higiene Dr. Ricardo Jorge e o de B.C.G., no Instituto de Assistência Nacional aos Tuberculosos de Coimbra.

Após o 25 de abril de 1974, propriamente a 31 de julho, demite-se do cargo de diretor clínico do hospital de São Brás, devido a atritos e incompatibilidades com alguns colegas, que pretendem restringir os cuidados de saúde às classes mais abastadas, enquanto João Dias defende sempre o acesso universal à saúde. Assiste-se então “ao mais espetacular movimento popular (…) em louvor de um médico”, conforme relata Emídio Sancho. “De todo o Algarve surgiram apoios à figura deste clínico, gente do campo, velhos médicos de aldeia, comerciantes, ciganos e desconhecidos enchiam-me a casa a apoiar o regresso do Dr. Dias. E quando regressou havia uma multidão e um tapete de flores frente ao pequeno hospital”. 

João Lopes Dias
Em janeiro desse ano é nomeado médico da valência materno-infantil do Centro de Saúde de São Brás e no ano seguinte médico dos Serviços Médico-Sociais do Distrito de Faro. A 5 de fevereiro de 1980 inicia as funções de delegado de saúde do concelho de São Brás, a título interino, e definitivamente no ano seguinte, até 30 de agosto, altura em que é escolhido para subdelegado e saúde do Centro de Saúde Distrital de Faro. Ascende ao lugar de autoridade sanitária do concelho de São Brás a 11 de julho de 1984 e de diretor do internato complementar de saúde pública do Centro de Saúde local em dezembro de 1985. 

Ao longo da sua vida, consequência da paixão que nutre por Alcoutim, torna-se um propagandista nato das suas belezas naturais e principalmente do rio Guadiana, o seu “porto de abrigo”, onde deleita o olhar sempre que pode e desfruta do merecido descanso. É habitual ver João Dias com amigos a navegar no Guadiana ou nas suas margens a desfrutar da paisagem. 

Após a aposentação, decide regressar a Alcoutim, reabilitando a casa de seus pais, onde havia nascido. Passa a desfrutar por mais tempo das qualidades ambientais de Alcoutim e a reivindicar de forma permanente melhoramentos locais, para benefício do concelho. O convívio com os amigos alcoutenejos intensifica-se, sendo frequente observá-lo em amena cavaqueira com Carlos Brito e Francisco Amaral, entre outros. 

A 13 de setembro de 1996 é agraciado pela Câmara Municipal de Alcoutim, presidida por Francisco Amaral, com a medalha municipal de mérito – grau prata, na área da saúde e solidariedade social, pelo papel desempenhado em prol da saúde dos alcoutenejos. 

João Lopes Dias agraciado pelo Município de Alcoutim
Falece em Faro a 13 de maio de 2007, sendo sepultado no cemitério de Alcoutim. Figura afável, cordial e conversadora, é admirado e acarinhado pelos alcoutenejos, constituindo o seu funeral uma das maiores manifestações de pesar realizadas na vila raiana. 

Nesse mesmo ano é homenageado pela Câmara Municipal de S. Brás de Alportel, que perpetua o seu nome na toponímia local.

A 25 de julho de 2012 a Câmara Municipal de Alcoutim delibera aprovar o topónimo Praça Dr. João Lopes Dias, pelo reconhecimento de uma vida dedicada aos outros.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Rua José Coelho Júnior – Quarteira

Placa toponímica em Quarteira
A  Câmara Municipal de Loulé, na sua reunião realizada a 23 de novembro de 2005, deliberou aprovar a perpetuação do nome de José Coelho Mendes numa artéria de Quarteira [1].

A placa toponímica foi descerrada a 13 de maio de 2006, no âmbito das comemorações do sétimo aniversário da elevação a cidade, que incluíram uma homenagem àquele pioneiro do turismo em Quarteira [2]

José Coelho Júnior
Nasceu em Boliqueime a 3 de março de 1918, tendo frequentado o ensino primário naquela aldeia.

José Coelho Júnior
Ainda jovem foi residir para Quarteira, onde instalou, em 1952, um restaurante, localizado à beira mar, designado por “Toca do Coelho”. Treze anos depois o estabelecimento cedeu lugar a um hotel, primeiramente designado como “Hotel Toca do Coelho” e mais tarde (1976) “Hotel D. José”. Com o seu espírito empreendedor, imprimiu ao longo da sua vida uma dinâmica impar no turismo quarteirense. Em 1979 foi eleito presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, cargo que exerceu até 1984. Durante este período, a localidade foi elevada à categoria de vila, tendo sempre pugnado pelo seu desenvolvimento. 

Em 1996 foi distinguido pelo Secretário de Estado do Turismo, com a Medalha de Mérito Turístico – Grau Ouro. 

Faleceu a 22 de abril de 2010 [3]. 



[1] Ata da Câmara Municipal de Loulé, de 26/01/2006.
[3] Jornal “A Voz de Loulé”, n.º 1689, de 01/05/2010.





Nova toponímia nas ruas de Olhão no dia da cidade

No dia da cidade de Olhão, a 16 de junho, a Câmara Municipal de Olhão assinalou a atribuição de novos nomes a várias artérias localizadas na cidade, cujas designações foram anteriormente aprovadas em reunião de Câmara. 

Inauguração toponímica em Olhão
Das ruas com a nova toponímia, todas elas ligadas à história da cidade, destacam-se a Rua Caíque Bom Sucesso, fazendo jus ao barco que atravessou o oceano para dar a boa nova ao príncipe regente, que os olhanenses tinham expulsado os franceses da cidade. 

A Rua José da Cruz Charrão, membro da tripulação do Caíque na viagem ao Brasil, e a Rua Miguel do Ó, proprietário da embarcação, situadas junto à Escola Básica João da Rosa, foram incluídas nas celebrações do dia da cidade, com o descerramento da placa pelos representares autárquicos.

Na cerimónia de descerramento das placas o presidente do município, Francisco Leal, referiu a importância da nova toponímia, bem como o facto de se ter optado por nomes com história para as novas ruas. “Olhão não esquece os seus nem a sua história”, frisou. 

Fonte:

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Rua Padre Elísio Dias – Quarteira

Placa toponímica em Quarteira
A 29 de janeiro de 2006 uma comissão de paroquianos de Quarteira levou a efeito uma cerimónia de homenagem ao padre Elísio Dias, pelos seus 37 anos à frente daquela paróquia.

As comemorações, presididas pelo bispo do Algarve D. Manuel Neto Quintas, compreenderam a celebração eucarística na igreja de São Pedro do Mar, seguindo-se o descerramento de uma placa toponímica com o nome do homenageado, numa artéria junto àquele templo [1].

O topónimo havia sido aprovado em reunião da Câmara Municipal de Loulé de 23 de novembro de 2005, de acordo com uma proposta emanada pela Junta de Freguesia de Quarteira [2].

Elísio Dias
O padre Elísio Dias é natural da freguesia de São Mamede de Vermil (Guimarães), o­nde nasceu a 17 de dezembro de 1930.

Aos 25 anos ingressou no seminário, concluindo o curso de teologia no Seminário dos Olivais, em Lisboa.

Foi ordenado na Sé Catedral de Faro por D. Júlio Tavares Rebimbas, bispo do Algarve, a 30 de julho de 1967, sendo a 7 de outubro daquele ano nomeado pároco coadjutor de Portimão, a que se seguiu no ano seguinte a paroquialidade de Quarteira (15 de setembro de 1968).

Padre Elísio Dias
Nesta paróquia tem desempenhado uma relevante ação, tanto a nível espiritual como social. Desenvolveu importantes obras que vieram de encontro aos anseios da população, no domínio da estrutura religiosa e assistencial, destacando-se, como mais significativas, a ampliação da igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição, a construção da igreja de Pereiras, a igreja de Vilamoura, a igreja de São Pedro do Mar (cuja 2.ª fase de edificação se iniciou recentemente), o lar para a terceira idade e um refeitório social [3].


[2]Ata da Câmara Municipal de Loulé, de 26/01/2006.
[3]CML, Agraciados pelo Município de Loulé 1997, Loulé, Câmara Municipal de Loulé, 1997.